Treze cidades poderão ficar sem os serviços de obstetrícia ofertados pela Santa Casa de Lorena

Bananal, Arapeí, Areias, S.J.Barreiro, Piquete, Queluz, Silveiras, Cachoeira P., Canas, Guaratinguetá, Aparecida, Potim e Roseira correm o risco de ficar sem os serviços prestados pela Santa Casa de Lorena

A Santa Casa de Lorena, referência em atendimentos materno-infantis para 13 municípios do Vale do Paraíba, enfrenta uma grave crise financeira que pode levar à paralisação de seus serviços. A entidade alega que não recebe os repasses necessários do governo estadual para custear os atendimentos de gestação de alto risco e partos de risco habitual, que totalizam cerca de R$ 660 mil mensais.
O Grupo de Atenção à Gestação de Alto Risco (GAR) oferece acompanhamento especializado a gestantes, puérperas e recém-nascidos com necessidades específicas, por meio de um convênio firmado entre o Governo de São Paulo e instituições de saúde. Desde 2018, a Santa Casa se tornou a principal referência para atendimentos obstétricos na região, recebendo não apenas gestantes de Lorena, mas também de cidades vizinhas.
O superintendente da Santa Casa, Dario Costa, informou que o hospital realiza, em média, 130 partos por mês e possui um ambulatório dedicado a gestantes com comorbidades, permitindo um monitoramento contínuo. No entanto, muitas mulheres chegam ao hospital sem acompanhamento prévio, o que exige intervenções imediatas e o uso de leitos de UTI neonatal, elevando ainda mais os custos operacionais.
“Além disso, realizamos cerca de 240 atendimentos ao mês, pois cidades vizinhas encaminham gestantes em situações críticas para cá”, explicou Dario. A falta de repasses do Estado tem sobrecarregado a instituição, que arca com a maior parte dos custos, enquanto a Prefeitura contribui apenas parcialmente.
Em nota divulgada na última sexta-feira (19), a Santa Casa informou que já comunicou a situação ao governo de Tarcísio de Freitas e aguarda uma resposta. “Caso a paralisação seja confirmada, a suspensão dos serviços ocorrerá de forma imediata, com a devida notificação aos órgãos competentes”, diz o comunicado.
O superintendente garantiu que as gestantes de Lorena não serão penalizadas com o encerramento dos serviços, pois a parceria com a Prefeitura continuará para atender gestação de risco habitual e alto risco.
A situação permanece incerta, e a comunidade aguarda uma solução que assegure a continuidade dos serviços essenciais à saúde materno-infantil na região.

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