Disfarçados por uma infinidade de sabores e aromas, os cigarros eletrônicos dão, à primeira vista, a ideia de serem uma boa alternativa. Principalmente por parecerem, acima de tudo, inofensivos à saúde. Os vaporizadores, como assim também são chamados, ganharam um espaço muito rápido, principalmente entre os mais jovens, reacendendo o debate sobre o tabagismo.
Conversamos com o médico residente em Saúde da Família e Comunidade, Pedro Henrique de Souza Serafin, que reforçou que mesmo há menos tempo no mercado, os cigarros eletrônicos já demonstraram seu potencial para risco de desenvolver doenças pulmonares que podem levar à morte em um curto espaço de tempo e é causada pelas substâncias presentes nos vapes.
“Não podemos pensar só na nicotina, porque já sabemos que ela faz mal, mas dentro dos cigarros eletrônicos tem flavorizantes que dão sabor, que podem ser usados em alguns alimentos, mas nas questões inalatórias não se tem estudos. Tem também o potencial carcinogênico de provocar câncer, além de alguns como o chumbo, níquel, e para nosso corpo isso é muito ruim”, pontua dr. Pedro Henrique de Souza Serafin, que também faz parte da equipe médica que conduz o grupo de tabagismo.
Serafin pontua algumas das consequências à saúde humana, após o uso dos dispositivos que contêm nicotina em sua composição e que também podem afetar o ambiente no entorno:
• Aumento do risco de doenças cardíacas;
• Aumento da probabilidade de desenvolver doenças pulmonares;
• Exposição de não fumantes à nicotina e a outras substâncias nocivas;
• Possibilidade de exposição a lesões físicas, como queimaduras causadas por explosões ou mau funcionamento;
• Exposição acidental de crianças a líquidos SELN, que são venenosos;
Reforçando os cuidados com esses casos, a Secretaria de Saúde de Lucas do Rio Verde, por meio da Vigilância Sanitária, orienta o cumprimento da Lei Estadual nº 12.302/2023, que proíbe o uso de cigarros eletrônicos em ambientes públicos, privados e coletivos.
De acordo com a Vigilância Sanitária de Lucas do Rio Verde, o produto pode ser mais prático, ter uma aparência mais tecnológica e atrativa e não causar aquele incômodo do cigarro tradicional, porém, não são seguros, além de possuírem substâncias tóxicas como a nicotina, podendo causar doenças respiratórias, como o enfisema pulmonar, doenças cardiovasculares, dermatite e até câncer.
Enquanto isso a Vigilância Sanitária de Lucas do Rio Verde segue notificando os estabelecimentos sobre a nova legislação e orientando até que os responsáveis pelos estabelecimentos locais, que tenham espaço de uso coletivo, informem aos usuários sobre a nova restrição.
A fiscalização consiste na exigência de placas de advertência, ou seja, se o local possui avisos para informar o cidadão sobre a proibição do fumo no local. As placas devem estar em pontos com ampla visibilidade, com indicação de telefone e endereço dos órgãos responsáveis pela Vigilância Sanitária e pela defesa do consumidor.
Qualquer pessoa poderá realizar uma denúncia aos órgãos responsáveis pelo WhatsApp (65) 99226-7392. Nesta semana, o órgão responsável realizou a apreensão de 273 itens utilizados para o consumo do cigarro eletrônico. O caso segue para as medidas administrativas conforme o Código Sanitário Municipal (Lei Complementar 245/2023).
Grupo de Tabagismo
Para participar, o usuário do SUS pode procurar sua unidade de saúde e dar o seu nome. Em seguida, comparecer às sessões, que são realizadas todas as segundas-feiras, das 18h30 às 19h30, durante dois meses. Um novo iniciará para o segundo semestre de 2024.
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